Nefrologia: tudo sobre a residência e a especialidade médica

Estruturas do rim. Nefrologia
Rim e suas estruturas

Nefrologia é a especialidade clínica responsável por estudar, diagnosticar e tratar as doenças relacionadas aos rins e trato urinário.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, é comum as pessoas confundirem nefrologia com urologia. Apesar de serem áreas complementares, as duas especialidades apresentam diferenças.

A Nefrologia é a especialidade médica que trata dos problemas clínicos dos rins e a Urologia é a especialidade cirúrgica que lida com o sistema urinário. Daí a diferença entre urologista e nefrologista.

Para se tornar um Nefrologista médico especializado nas doenças do sistema urinário, principalmente doenças relacionadas ao rim, são necessários em torno de dez anos de estudos, de acordo com a SBN.

Em texto publicado no site, a entidade explica que o tempo estimado para se tornar um profissional desta área é dividido em seis anos do curso de graduação, dois anos de residência de clínica médica e mais dois anos de residência em nefrologia.

Em resumo, é possível dizer o nefrologista é indicado quando não há necessidade de cirurgia e os tratamentos para doenças clínicas do sistema renal podem ser tratadas com medicamentos.

Se você se interessa por essa especialidade e quer conhecer mais sobre ela, continue lendo este artigo!

Neste texto, vamos abordar como é a residência médica em nefrologia, a rotina do especialista e como anda o mercado de trabalho. Além disto, as principais doenças tratadas pela especialidade e muito mais.

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Residência Médica em Nefrologia

A residência médica em nefrologia dura dois anos e não é de acesso direto. Ou seja, tem como pré-requisito outros dois anos de residência em clínica médica.

A bolsa fornecida pelo Ministério da Educação (MEC) é de R$ 3.330,43 para uma carga horária de 60 horas semanais.

Rotina do especialista em Nefrologia

O nefrologista pode ter uma vida muito agitada ou mais calma. Tudo vai depender de suas escolhas. Além de plantão em clínicas de hemodiálise e terepia, o especialista pode atuar em enfermarias, UTIs, consultórios e unidades de transplante.

Nas clínicas de hemodiálise os especialistas têm a oportunidade de trabalhar em regime de plantão em até 14 horas, atendendo pacientes que, em sua maioria, são portadores de insuficiência renal crônica.

Durante esse período, devem acompanhar o estado de saúde dos enfermos bem como informar, no decorrer de consultas, os resultados dos exames.

Enquanto nas UTIs o médico avalia pacientes graves e prescreve tratamentos, no consultório examina as patologias dos rins mais comuns como, por exemplo, as doença renal crônica, calculosa renal, infecção urinária e hipertensão.

Há também o trabalho de transplante renal, no qual o especialista é fundamental.

Entre as diversas atividades de um médico nefrologista, pode-se destacar:

  • Prevenção de doenças renais;
  • Prevenção de doenças renais;
  • Diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial (pressão alta);
  • Diagnóstico e tratamento de infecções urinárias;
  • Diagnóstico e tratamento de nefrites;
  • Diagnóstico e tratamento de litíase renal (pedra nos rins);
  • Diagnóstico e tratamento de doenças renais císticas;
  • Diagnóstico e tratamento da doença renal crônica;
  • Diagnóstico e tratamento da lesão renal aguda;
  • Hemodiálise;
  • Diálise peritoneal;
  • Transplante renal.

Outras funções muito importantes do médico nefrologista são o acompanhamento e tratamento dos pacientes que, devido ao avançado estado de insuficiência renal, são obrigados a fazer hemodiálise e, ainda, os cuidados aos pacientes após a realização de um transplante renal.

A cirurgia do transplante é realizada pelo urologista, mas é o nefrologista que indica o transplante, prepara o paciente, escolhe o doador, em caso de doador vivo, e é responsável pelos cuidados no período pós-cirúrgico.

Mercado de trabalho para o Nefrolista

Atualmente, a especialidade comporta 4.903 médicos no Brasil e está concentrada na região Sudeste(51,5%).

É o que afirma os dados da Demografia Médica no Brasil 2020, estudo realizado pela USP. A região brasileira com menos nefrologistas é o norte, onde trabalham apenas 4,3% dos especialistas.

Além de apresentar ofertas de vagas em clínicas de hemodiálise, hospitais e UTIs, a Nefrologia também tem um campo vasto para a realização de pesquisa, que dá a chance do candidato prestar concurso que, por vezes, são concorridos.

De acordo com um levantamento feito pelo site Salário, um Médico Nefrologista ganha em média R$ 6.746,88 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais.

Mas é claro esse valor pode ser mais do que estipulado visto que depende da carga horária de trabalho e o tipo de atendimento.

Tipos de doenças tratadas pelo nefrologista

A principal doença tratada pelo nefrologista é a insuficiência renal, que ocorre quando o paciente tem as funções básicas realizadas pelos rins comprometidas.

A insuficiência pode ser aguda, quando os rins deixam de funcionar adequadamente por algum tempo, em função de uma lesão, por exemplo, ou crônica, quando a perda das funções ocorre de maneira gradual e permanente.

 Mas existem ainda outros tipos de doenças, cujo tratamentos ficam sob os cuidados do especialista em nefrologia, como complicações renais de doenças autoimunes, hipertensão arterial, infecção urinária, cálculo renal de repetição, além de alterações dos sais minerais do sangue e do metabolismo acidobásico, entre outras.

Doenças assintomáticas que dificultam o diagnóstico precoce

Os poucos sintomas que as doenças renais apresentam em suas fases iniciais dificulta o diagnóstico e tratamento precoces, fatores fundamentais para a cura ou maior qualidade de vida do paciente.

Por isso, quando o trabalho o nefrologista é realizado logo no início do desenvolvimento das doenças renais, isso é revertido em resultados primordiais para a saúde e o bem-estar do paciente.

Com isto, há o controle da pressão arterial, diminuição de doenças associadas à falência renal e da perda de função renal ao longo dos anos.

Claro, tudo isto, dependendo do caso, inclusive, com a possibilidade de controlar a doença e eliminar a necessidade de hemodiálise.

E o primordial, maior chance de cura, caso a causa da insuficiência renal tenha tratamento.

Seu futuro nas suas mãos!

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