Número de médicos no Brasil bate recorde: 575 mil médicos ativos

Em 2024, o Brasil registra um marco sem precedentes na saúde: 575.930 médicos atuantes, segundo o relatório “Demografia Médica 2024” do Conselho Federal de Medicina (CFM). Esta cifra não somente reflete um dos maiores contingentes médicos do mundo, mas também uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, ultrapassando nações como Estados Unidos, Japão e China. O crescimento do número de médicos no Brasil é resultado de uma combinação de expansão educacional e aumento da demanda por serviços de saúde.

Quantos médicos tem no Brasil? Em 2024, o Brasil alcançou um número histórico de 575.930 médicos, resultando em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes. Esse crescimento coloca o país à frente de nações como Estados Unidos, Japão e China em termos de disponibilidade médica per capita.

Principais destaques apontados no estudo

• Quantidade de médicos mais que quadruplicou desde o início da década de 1990, quando o total era de 131.278;
• Crescimento foi impulsionado pela expansão do ensino médico e a crescente demanda por serviços de saúde;
• Há disparidade na concentração entre as capitais e cidades do interior: 52,4% estão nas 27 capitais, enquanto os demais 47,6% atuam nas mais de 5 mil cidades do interior;
• Do número de médicos no Brasil ativos, 263 mil (46%) são médicos generalistas e outros 312 mil (54%) são especialistas;
• Entre os médicos homens, a idade média é de 47,4 anos; para as médicas, a média é de 42 anos;
• Entre os médicos com 39 anos ou menos, as mulheres já são maioria, somando 58% em comparação a 42% dos homens;
• Com o indicador de 2,81 por mil habitantes, o Brasil supera EUA, Japão, Coréia do Sul, México.

Expansão da educação médica e implicações

Desde a década de 1990, o número de médicos no Brasil mais que quadruplicou, evidenciando um crescimento de 339%. Paralelo a isso, a população brasileira cresceu 42%, mostrando que o número de médicos cresceu em uma velocidade significativamente maior que a população em geral. O presidente do CFM, José Hiran Gallo, alerta para a criação de escolas médicas sem a observância de critérios técnicos mínimos, questionando a qualidade da formação médica neste cenário de expansão.

Desafios na distribuição e qualidade da assistência médica

Apesar do avanço notável, a distribuição desigual de médicos pelo território nacional e a qualidade do atendimento permanecem como desafios significativos. As regiões mais desenvolvidas e as capitais brasileiras concentram um maior número de profissionais, enquanto áreas remotas e menos desenvolvidas sofrem com a escassez.

A questão da concentração de médicos no Brasil

A “Demografia Médica 2024” , que revelou o redor do número de médicos no Brasil destaca a concentração de médicos em regiões com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), deixando áreas carentes desassistidas. Gallo ressalta a importância de políticas públicas que incentivem a distribuição mais equitativa dos médicos, além de melhorar as condições de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir um atendimento de qualidade a toda população.

A feminização da medicina

O relatório também aponta para uma crescente feminização na profissão médica. Em 2024, as mulheres representam quase a metade dos profissionais ativos, e entre os médicos com 39 anos ou menos, elas já são maioria. Esse fenômeno reflete mudanças significativas no mercado de trabalho e nas dinâmicas sociais da medicina brasileira.

Número de médicos no Brasil 2024: olhando para um futuro de desafios e oportunidades

O crescimento do número de médicos no Brasil 2024 é uma evolução positiva, mas traz consigo o desafio de assegurar que essa expansão se traduza em melhorias concretas na qualidade do atendimento médico disponível à população. A qualidade da formação médica, a distribuição geográfica dos profissionais e a garantia de condições de trabalho adequadas são aspectos fundamentais para o futuro da saúde no Brasil.

Este panorama do número de médicos no Brasil reflete tanto os avanços quanto os desafios enfrentados pela medicina no Brasil em 2024. Com um número recorde de médicos, o país tem a oportunidade de avançar significativamente na qualidade do atendimento à saúde, desde que questões como a distribuição equitativa de profissionais e a qualidade da formação médica sejam adequadamente endereçadas.

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