O que são programas de residência médica com acesso direto?

Atualizado em 12/08/2020

Os programas de residência médica com acesso direto são aqueles em que a especialidade não exige que o médico tenha algum pré-requisito ou especialização prévia, além da graduação. O médico recém-graduado ou mesmo o profissional, precisa apenas fazer as etapas do concurso exigidas pela instituição para ser um residente R1.

Médicos e médica jovens escolhem residência médica com acesso direto

Nos programas de residência médica com acesso direto, o médico recém-formado tão logo termine a graduação pode concorrer a uma das vagas na área escolhida. Nos concursos, geralmente, são exigidos prova escrita, entrevista, análise curricular entre outras –  independente do tempo de formação ou de experiência prévia.

Concurso para residência médica R1

Se você quer sair da Faculdade de Medicina e, logo em seguida, enfrentar um concurso para residência médica R1, vai disputar uma vaga em uma das especialidades médicas com acesso direto.

O estudante pode até confundir, mas ter “acesso direto” não significa que, ao completar a graduação, o aluno automaticamente tenha acesso à residência médica.

Pelo contrário, a disputa por uma vaga é acirrada, especialmente nas instituições mais renomadas. No Guia Completo de Residência Médica Revisamed você encontra o nível da concorrência para as vagas ofertadas nas especialidades médica.

O fato de a especialidade médica com acesso direto não exigir pré-requisitos, ou seja, você termina a graduação é já faz a prova de residência, não significa que você pode deixar de lado a preparação.

Embora pareça uma situação “mais fácil”, na verdade, ser um R1 exige muita dedicação e estudos. Afinal, a concorrência é grande.

As áreas básicas médicas – clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, ginecologia e obstetrícia –  também não exigem pré-requisito. Na verdade, funcionam como pré-requisitos para outras especializações.

Fique atento aos editais

 Mesmo que você só vá prestar o concurso de residência médica daqui a alguns períodos, é importante se inteirar, desde já, dos editais e as exigências da instituição que você deseja.

Em geral, os editais começam a ser divulgados no segundo semestre de cada ano.

É decisivo, por exemplo, que você já vá construindo seu currículo, uma vez que em vários concursos existe pontuação pela análise curricular, ou mesmo se prepare para entrevista, entre outros processos que avaliam o seu conhecimento e, é claro, para a prova propriamente dita.

Conforme a regras da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) as especialidades médicas com acesso direto, ou seja, sem pré-requisito são as seguintes:

Especialidades médicas com acesso direito

Acupuntura 

Anestesiologia

Clínica Médica

Cirurgia Geral

Cirurgia Cardiovascular

Dermatologia

Genética Médica

Ginecologia e Obstetrícia

Homeopatia

Infectologia

Medicina de Família e Comunidade  

Medicina de Emergência

Medicina do Trabalho

Medicina do Tráfego

Medicina Esportiva  

Medicina Física e Reabilitação

Medicina Legal

Medicina Nuclear

Medicina Preventiva e Social

Neurocirurgia

Neurologia   

Oftalmologia

Ortopedia e Traumatologia

Otorrinolaringologia

Patologia

Patologia Clínica/Medicina Laboratorial

Pediatria 

Psiquiatria 

Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Radioterapia

No artigo Residência Médica: Veja especialidades com mudanças a partir de 2019 você encontra as matrizes de competências das especialidades médicas e algumas mudanças no tempo de duração de alguns programas. 

Especialidades médicas com pré-requisitos

Para se candidatar a um R3, o profissional médico já deverá ter concluído uma especialidade prévia. Da mesma forma, a preparação é essencial, em função da relação candidato/vagas. No artigo sobre a Residência Médica R3 você terá todos os detalhes de como funciona a especialização com pré-requisito.

R3 pré-requisito em Clínica Médica 

Alergia e Imunologia

Angiologia

Cancerologia/clínica

Cardiologia

Endocrinologia

Endoscopia

Gastroenterologia

Geriatria

Hematologia e Hemoterapia

Nefrologia

Nutrologia

Pneumonia

Reumatologia

R3 com pré-requisito em Clínica Cirúrgica

Cirurgia Geral Programa avançado

Cancerologia/cirúrgica

Cirurgia cardiovascular

Cirurgia cabeça e pescoço

Cirurgia do aparelho digestivo

Cirurgia pediátrica

Cirurgia Plástica

Cirurgia Torácica

Coloproctologia

Nutrologia

Urologia

R3 com pré-requisito em Pediatria

Oncologia pediátrica

Cirurgia pediátrica

Cardiologia pediátrica

Endocrinologia pediátrica

Pneumologia pediátrica

Neurologia pediátrica

Gastroenterologia pediátrica

Infectologia pediátrica

Medicina Intensiva pediátrica

Nefrologia pediátrica

Nutrologia pediátrica

UTI pediátrica

Neonatologia pediátrica

Hebiatria

Hematologia e Hemoterapia pediátrica

No artigo Especialidades Médicas filiadas à Associação Médica Brasileira – AMB você conhece todas as especialidades médicas reconhecidas e filiadas à AMB.

CFM define 55 especialidades e 59 áreas de atuação

Em 2018, o Conselho Federal de Medicina atualizou a relação de especialidades e áreas de atuação médica.

Foram mantidas as 55 especialidades e 59 áreas de atuação já reconhecidas anteriormente. Porém, as ocorreram mudanças na lista de áreas de atuação.

A resolução criou a área de Medicina Aeroespacial e extinguiu a de Medicina de Urgência. Na verdade, essa última foi incorporada à especialidade de Medicina de Emergência, criada em anos anteriores.

Nas demais áreas de atuação e especialidades, não houve mudanças em nomenclaturas, mas algumas terão alterações no seu período de formação.

As novas regras estabelecem que os três anos para a formação de novos pediatras e cirurgiões gerais serão exigidos a partir de 2020 e não a partir de 2019, como previsto anteriormente.

Também acrescentou que, a partir de 2020, a residência em Clínica Médica deverá ser de três anos. A resolução ampliou, ainda, para cinco anos o tempo necessário para a formação do cirurgião cardiovascular.

A determinação do CFM definiu  a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, respectivamente, como as responsáveis por realizar os concursos para a obtenção de títulos nas duas especialidades.

Além das provas aplicadas pelas sociedades, os candidatos a especialistas também poderão cursar os programas de residência médica, cuja duração varia de acordo com a especialidade.

Atualização Periódica das especialidades médicas

Formada por representantes do CFM, da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Ministério da Educação, representado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), a CME tem a competência para, periodicamente, atualizar a lista de especialidades médicas e de áreas de atuação, além de estabelecer as regras para a formação de especialistas.

Segundo a AMB é natural que ocorra essa atualização, já que novas especialidades e áreas de atuação podem surgir, assim como algumas podem desaparecer ou se transformar.